Tradicional, edital, assistida: conheça as diferentes modalidades de publicação
Você sabia que existe mais de uma maneira de publicar um livro? Nesta newsletter, destrinchamos alguns dos modelos adotados pelas editoras brasileiras
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Hoje, vamos falar sobre os modelos de publicação mais comuns nas editoras independentes brasileiras: a tradicional, a assistida e a por meio de edital. Você sabe a diferença entre eles?
Como saber qual é a melhor editora para o meu livro?
Esta é uma pergunta que muitos escritores e escritoras costumam ter. A verdade é que isso depende de uma série de fatores, que incluem os objetivos do autor ou autora com aquele projeto, principalmente no que diz respeito à divulgação e distribuição da obra.
Em geral, as editoras independentes mais tradicionais costumam pedir o original já pronto, para então avaliá-lo em termos de qualidade e de linha editorial. Esse processo pode ocorrer a partir de uma chamada pública, onde serão avaliados projetos enviados por outros escritores e escritoras, a partir do contato direto ou por meio de um agente editorial. Caso ele seja aceito, inicia-se o processo de edição e de pré-venda, muitas vezes realizada em plataformas como o Catarse ou a Benfeitoria, com a finalidade de cobrir os custos de publicação e colocar aquele livro no mundo. Dependendo do tipo e do público do projeto, ele também pode ser distribuído ou comercializado em formato digital.
Funciona assim: a pré-venda fica aberta como campanha de financiamento coletivo, que costuma contar com o apoio de amigos, familiares e outras pessoas do círculo do autor e da autora, que compram a obra antes de ela ser impressa. Esses apoios são essenciais para a viabilização do livro e podem incluir descontos ou brindes.
Há também a possibilidade de negociar parcial ou integralmente os custos de edição por meio de acordos propostos pela editora. Um exemplo é a compra de exemplares para venda.
Nesse e em todos os modelos de publicação, pode haver a distribuição dos livros para livrarias. Só que isso não depende do modelo e, sim, do vínculo da editora com uma outra empresa, a distribuidora, que é responsável por toda a parte logística. Vale ressaltar que esse vínculo nem sempre vai significar que o seu livro estará na vitrine de uma livraria, já que editoras independentes que possuem um fluxo maior de publicação tendem a selecionar as obras que serão distribuídas.
Editoras independentes tradicionais também podem trabalhar com editais de cultura, como o ProAC, do estado de São Paulo, e o edital Rumos, do Itaú Cultural. Nessa modalidade, a edição, impressão e distribuição do livro são financiados com os recursos disponibilizados pelo Estado ou por empresas privadas. Por esse motivo, é exigida maior responsabilidade no uso desses recursos e a realização de contrapartidas sociais, como a distribuição de exemplares para bibliotecas públicas.
Livros financiados por editais dão maior autonomia no processo de edição, podendo imprimir uma quantidade maior de exemplares do que outras editoras costumam imprimir, por exemplo. Outro benefício é a maior facilidade de distribuição e divulgação da obra. O apoio do edital também agrega de maneira simbólica, sendo um indicativo de sua boa qualidade literária.
Outro modelo que traz maior autonomia aos autores e autoras é a publicação assistida. Adotada por editoras como a Paraquedas (selo da editora Claraboia) e a Labrador, essa modalidade busca atender, de forma especializada, as necessidades de cada projeto - auxiliando, por exemplo, na escrita da obra e na melhoria do texto. Nesse formato, todos os serviços editoriais e de distribuição ficam encarregados pela editora, que também pode promover eventos ou outras atividades de divulgação.
A publicação assistida costuma ser uma opção para quem tem muito a falar de um tema, mas não sabe por onde começar ou encontra dificuldades em se posicionar enquanto escritor publicamente. A diferença desta, em relação às outras modalidades, é orçamentária - ou seja, a pessoa paga integralmente pelos serviços de edição, distribuição e divulgação contratados. Vale lembrar que essas editoras também podem aceitar projetos advindos de editais públicos ou privados.
Por fim, esses são alguns dos modelos adotados pelas editoras com quem costumamos trabalhar, mas que são pouco discutidos. Caso você tenha lido o texto e continue em dúvida sobre escolher uma editora para o seu projeto, lembramos que a com.tato oferece o serviço de consultoria editorial, que ajuda você a apresentar o seu original para editoras. Basta solicitar seu orçamento em oi@comtato.co.
Salva o contatinho - Destaques da semana na com.tato:
O evento de lançamento de 'A face mais doce do azar' (Claraboia), da nossa cliente Vera Saad, foi destaque no PublishNews;
Além dela, o PublishNews também divulgou o evento de lançamento de "A Forma do Fogo" (Editora Patuá), do nosso assessorado Felipe Rodrigues;
No Listão da Quatro Cinco Um deste mês, foram mencionados os livros "Velho Mundo e Outros Poemas" (Editora Patuá), de Andressa Monteiro e "Aproximações do Sono" (Editora 7Letras), de Raul Colaço;
O Correio do Povo publicou uma matéria sobre "Terra Úmida" (Editora Penalux), da nossa assessorada Myriam Scotti
Novidades e promoções na com.tato
Este mês, o Clube Cidade Solitária realiza o evento Miudezas Literárias em parceria com a com.tato, que traz as escritoras Bruna Escaleira, Jules de Faria e Sarah Munck. A atividade é gratuita, remota e acontece no dia 27/03, a partir das 20h. Você pode se inscrever pelo link: https://bit.ly/3uXMxRM