Todo mundo que trabalha com escrita, ou convive com quem escreve, consegue perceber: existem certos padrões de comportamento que se repetem entre autores e autoras que parecem até combinados. Mas não são. Acontecem naturalmente, como se fossem parte invisível do ofício de escrever. E o mais curioso é que, muitas vezes, a gente só nota esses hábitos quando alguém aponta.
Um clássico indiscutível? A dificuldade que mulheres têm de se chamarem de "autoras". Enquanto homens anunciam sem hesitar "sou autor", as mulheres costumam enrolar. "Ah, eu escrevo", "tenho um livro", "fiz um texto". Parece bobagem, mas é sintomático. Por que será que a gente ainda resiste a ocupar esse lugar com a mesma naturalidade? Será medo de soar pretensiosa? Ou aquela velha história de não se achar boa o suficiente?
Outro comportamento que se repete à exaustão: a pessoa que no primeiro livro acredita que o original será escolhido por uma editora e terá uma turnê de lançamento pelo Brasil. A realidade da literatura independente é um pouco mais cruel. Para você não se desiludir com o mercado, já publicamos uma newsletter com tudo o que você precisa perguntar para uma editora antes de assinar um contrato. (o conteúdo é tão bom, que já foi copiado por aí).
Mais um clássico "é raro, mas acontece sempre": a cilada da literatura por amor. A ilusão de que só o amor pela literatura vai te abrir portas. Além do amor pela escrita e pela literatura, para desenvolver uma carreira nesse mercado você precisa estudar outras áreas. Seja porque vai lançar o seu livro de forma independente ou porque vai abrir a própria editora. É preciso pensar comercialmente. Porque, no fim das contas, ser autor ou autora independente é, sim, gerir um negócio. O seu livro é um produto, e você é a marca por trás dele. Isso pode parecer frio ou distante da paixão que te levou a escrever, mas é essa mentalidade que vai garantir que o amor pela literatura possa coexistir com uma carreira sustentável.
Tem também a pessoa que se acha mais inteligente porque escreve sobre """temas importantes""". Parece que, se a obra escrita não abordar os """temas relevantes""", ela é menor. Tem menos importância. Essa valorização excessiva da escrita e a expectativa de que uma obra literária deva abordar tais assuntos para ter algum valor é um reflexo direto das hierarquias culturais. A escrita, por muito tempo, foi uma ferramenta de poder, e quem dominava as letras muitas vezes detinha o poder de moldar narrativas, perpetuar ideias e, infelizmente, marginalizar formas de expressão que não cabiam nesse molde. No entanto, o medo de não atingir um certo padrão literário ou de não abordar assuntos que a sociedade considera "importantes" pode sufocar a criatividade e a autenticidade dos escritores e escritoras. É como se a escrita precisasse sempre se justificar, como se o ato de criar não fosse, por si só, valioso.
Pra fechar, é raro, mas acontece sempre: a pessoa que acredita que a inspiração vai chegar no momento certo. Escrever é trabalho. Pode ser prazeroso, sim, mas ainda assim é trabalho. E como todo trabalho, exige disciplina. Você não vai fazer uma xícara de café, sentar em frente a janela e passar quatro horas escrevendo inúmeras páginas e finalizar o livro em 3 dias. Não adianta esperar a inspiração chegar, o tempo mudar ou as coisas melhorarem. Você precisa criar rotinas e metas para alcançar seus objetivos.
Escrever é um ato de coragem que vem com seus clichês inevitáveis. Desde a hesitação em se declarar autor ou autora até a ilusão da inspiração divina, todos nós, em algum momento, esbarramos nessas armadilhas quase universais do ofício. Mas reconhecê-las já é o primeiro passo para escrever com mais confiança e clareza .
Então, da próxima vez que se pegar enrolando para dizer "sou autora", ou esperando a inspiração bater à porta, lembre-se: escrever é também sobre ocupar espaço, persistência e um pouco de estratégia. Porque literatura é arte, mas também é trabalho. E ninguém disse que os dois não podem andar juntos.
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